GREEN DAY
Promoção do "Zap!" premiou 30 leitores com CD da banda californiana
que reacendeu a discussão em torno da vida, morte e ressurreição do punk;
disco rendeu Grammy de revelação(*) e vendeu 3 milhões de cópias
que reacendeu a discussão em torno da vida, morte e ressurreição do punk;
disco rendeu Grammy de revelação(*) e vendeu 3 milhões de cópias
Conte nos dedos quantas vezes você ouviu falar que o punk já morreu. Haja dedo, não? Provavelmente na primeira vez que disseram isso, o classicaço Never Mind The Bollocks, lançado em 1977 pelos Pistols, não tinha feito um único aniversário. Mas, vira e mexe, aparece alguém para contestar essa idéia - ôps, isso parece coisa de punk!!!
Os últimos que reivindicaram o título de herdeiros do movimento se deram bem. Billie Joe (guitarra e voz), Mike Dirnt (baixo e voz) e Tré Cool (bateria) - a trinca que atende nas lojas de discos por Green Day -, andam vendendo horrores de Dookie, único rebento da banda lançado no Brasil. (...) setenta e tantos mil brazucas encaixaram na cedeteca o disco que valeu quatro indicações do grupo para o Grammy deste ano.
Dookie é o terceiro disco do Green Day. É dele o plurimegahit Basket Case, que pode não ser assim punk, punk, daqueles bem crus, mas é um sonzaço que intima ao pogo do mesmo jeito. Antes deste disco, o trio californiano tinha lançado, pela Lookout Records, os indies 39/Smooth (de 1990, depois relançado - com algumas faixas de EPs a mais - como 1.039 Smoothed Out Slappy Hours) e Kerplunk (1992) - já com Tré, o atual batera, em lugar de John. O alvoroço criado em torno dos discos e shows da banda no circuitão alternativo abriu as portas para o contrato com o selo Reprise, com quem o Green Day assinou em 93. Na prática: distribuição mundial de Dookie, via WEA, com direito a clipe, turnê com infra invejável... O resultado foi que, ainda no começo do ano, os caras já tinham vendido 3 milhões de cópias.
Entre os tempos de Sweet Children, primeiro nome da banda, e o prêmio de revelação(*) no Grammy deste ano, passaram-se sete anos. Mas a história toda começou algum tempo antes. Desde 1983, dois pivetinhos chamados Billie e Mike já estavam metidos com a música. Juntos. Tinham, na época, 11 anos e cismaram que queriam tocar guitarra. Quatro anos depois a duplinha fundaria lá mesmo em Rodeo, no subúrbio de Berkeley, o tal Sweet Children.
Podem não ser exatamente os antecedentes criminais que se esperaria de uma banda que, dizem, ajudou a tirar o punk da tumba - junto com Offspring, NOFX, Pennywise e, antes ainda, Bad Religion etc. Pode ser que os caras só tenham descoberto que eram "punks" depois do terceiro disco. Quem liga? Dookie é diversão garantida. Se é neo-punk e se saiu com a cara do pai, já é outra história. Polêmicas, polêmicas...
(*)na verdade eles ganharam o Grammy de "melhor performance alternativa". O de revelação ficou com a Sheryl Crow. Aliás eu mandei uma carta pro jornal na época, corrigindo a informação, e ela foi publicada. Argh!
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